
Edição
#6
Em 2019, chegamos ao Concreto #6. Mais um ano em que o Festival Internacional de Arte Urbana, o Concreto, avança na sua caminhada pioneira de fomento à arte urbana no Ceará. Como de praxe, a sexta edição começou com troca de ideias e networking entre os artistas convidados, artistas locais e apreciadores da arte urbana ao som da música e das ondas do mar no calçadão da Praia de Iracema, abrindo a maratona que trouxe novos murais, masterclasses, exposições, lambe lambes, mobiliários e esculturas urbanas para a capital cearense.
Realizado entre os dias 01 e 09 de novembro, mais de 60 (sessenta) artistas envolveram-se na edição com seus estilos, experiências e sensações diversas que se espalharam pelas ruas de Fortaleza, democratizando a arte urbana, provocando reflexões e inspirando sentimentos. 2019 contou com a diversidade e multiplicidade de talentos do Cariri à África. Do coletivo Bixaskipixa, do Cariri, e Uzone, de Sobral, à Alemanha de Juliz Benz e à África de Nardstar e Mr. Eksê. A sexta edição trouxe uma grande onda de cores, frescor e criatividade com artistas de repertórios ímpares. As paredes e fachadas cinzas e desgastadas pelo tempo no Centro da capital ganharam vida através dos grandes murais que viraram obras de arte, um respiro criativo no cotidiano de quem passa.
45 murais pintados, 16 mobiliários instalados, 64 artistas locais, nacionais e internacionais, 8 dias que deixaram uma cidade com espaços mais criativos e renovados, figurando como convites simples e singelos à interação com a arte urbana. O encerramento da sexta edição se iniciou com muita celebração em pleno fim de tarde na cripta da Catedral Metropolitana de Fortaleza com a Orquestra de Barro Uirapuru, seguiu para a Praia dos Crush com os djs osgemeos e demais artistas discotecando, e fechou com a exibição do primeiro episódio da série “La Casa Du´z Vetin”. Novos aprendizados, novos projetos, novos laços foram feitos e se espalharam por aí, mesmo após o findar de mais uma edição.

O PERSONAGEM
O artista paulista Speto assina a identidade visual da edição #6 do Festival Concreto. A personagem, criada por ele, remete à Amazônia e seu contexto urgente e atual. Ela é uma figura feminina, mística, que permanece transitando em um universo próprio e está em todos os lugares - assim como o graffiti - reverberando uma mensagem de paz.
RESSIGNIFICANDO
Historicamente as Artes Urbanas sempre foram, de forma equivocada, associadas à criminalidade ou taxadas de “arte de periferia”. Contudo, a qualidade e a força dos artistas, que produzem essa que é de fato a mais democrática de todas as linguagens, vêm mudando a realidade de forma global, ao nível que hoje é sonho de grandes galerias e museus promover o enclausuramento desta produção em seus espaços expositivos.
Embora isso subverta sua principal característica, que é franquear acesso irrestrito e gratuito, assume um outro viés que é o de valorizar, mesmo que de forma indireta, aqueles que produzem dentro desta linguagem artística. Outro contraditório desse fato é a súbita valoração das artes de rua, a qual não não se deve a uma mudança de arquétipo daqueles que legitimam o que é arte, e sim às ações surgidas dentro das Artes Urbanas que têm conseguido inserir essas obras no cotidiano das populações. O povo agora tem arte, arte que educa, que desenvolve o senso crítico, que une e que desenvolve nos habitantes um sentimento de pertencimento pelo lugar que ocupa.
Tudo isso se reflete em uma mudança de paradigma social, que vem em uma crescente e se apresenta como irreversível. E aqui no estado do Ceará, dentre diversas ações, a que mais se destaca neste caminho de modificação, é o Festival Concreto, que figura hoje como o maior Festival de Arte Urbana no Nordeste e um dos maiores do Brasil, desenvolvendo ações de intercâmbio internacional, promovendo a formação e requalificação dos artistas locais, propiciando uma diversificação das técnicas do fazer artístico que se converte em obras de artes icônicas, transformando Fortaleza, capital do estado do Ceará, em suporte de Arte Pública, ressignificando o espaço comum e propiciando às pessoas acesso às características transformadoras da arte.
GALERIA DE IMAGENS
- Pomb (SP)
- Cris Rodrigues (SP)
- Speto (SP)
- Bicicleta sem Freio (GO)
- ISE (SP)
- Narrativas Possíveis (CE)
- Fefe Talavera (SP)
- Jaz (Argentina)
- Mr. Ekse (África do Sul)
- Nardstar (África do Sul)
- Julia Benz (Alemanha)
- Homenagem à Téia
- Homenagem à Téia
- Homenagem à Téia
- Homenagem à Téia
- Bixaskipika (CE)
- Bixaskipika (CE)
- Dek Suave (CE)
- Érica Nogueira e Camila Sombra (CE)
- Lambesgóia (MA)
- Lud Nascy (PI)
- Narrativas Possíveis (CE)
- Abertura
- Abertura
- Abertura
- Encerramento
- Meu Primeiro Spray
- Roda de Conversa
- Abertura
- Exposição Corpo Urbano – ISE (SP)
- Exposição Corpo Urbano – ISE (SP)
- Exposição Corpo Urbano – ISE (SP)
- Feira de Arte
- Masterclass – ISE (SP)
- Masterclass – ISE (SP)
- Roda de Conversa
- Uirapuru Orquestra de Barro
- Uirapuru Orquestra de Barro
- Uirapuru Orquestra de Barro
- Encontros
- Encerramento
- Encerramento – OSGEMEOS
- Cadej Juaçaba (CE)
- Cardoso Junior (CE)
- Carlus Campos (CE)
- Carlus Campos e Grud (CE)
- Fabiana Azeredo (CE)
- Jorge Luiz (CE)
- Julio Maciel (CE)
- Marccos Oriá (CE)
- Marcus Braga (CE)
- Túlio Paracampos (CE)
- Speto (SP) e Grud (CE)
- Speto (SP) e Grud (CE)